E você consegue imaginar um mundo sem os produtos fabricados na China? É possível fazer esse exercício, mas não podemos sequer cogitar a possibilidade da manutenção dos preços baixos e, consequentemente, da popularidade atual de produtos eletrônicos. Confira agora como seria esse universo paralelo em que os produtos chineses não são uma realidade.
Mão de obra barata: um triste reflexo da superpopulação
Você sabe qual é o grande motivo para que tantas empresas optem pela China na hora de instalar suas fábricas ou terceirizar os serviços de outras que já estão por lá? Acertou quem disse “mão de obra barata”. Os trabalhadores chineses possuem salários muito baixos e aceitam trabalhar dessa forma por falta de opções melhores no mercado. Em uma análise crua: “Se um não aceitar, há outro na fila”.Fábrica da Foxconn.
A grande vilã nesse caso é a superpopulação chinesa. Com mais de um bilhão de habitantes, o país sofre para alocar todos os chineses em postos de trabalho que possam ser considerados saudáveis — não somente pelas atividades, mas devido à longa duração das jornadas e também pelas condições às quais são expostos. Vendo essa deficiência, os empregadores podem oferecer baixos salários, pois sabem que vai haver procura por eles.
Com muita mão de obra e pouco gasto com ela, as fábricas conseguem tornar muito mais barato o processo de produção nas linhas de montagem, o que gera uma maximização dos lucros — mas não aumentando os preços, pois isso faria com que as empresas contratantes procurassem outras fábricas. E isso tudo acaba sendo repetido ininterruptamente.
Mas e se a mão de obra chinesa fosse cara?
Como já ficou claro, é o baixo custo e alta oferta que tornam a China um ótimo polo industrial para as empresas que projetam equipamentos eletrônicos. Se não existisse essa oferta, seria necessário investir em fábricas em outros países. A Apple, por exemplo, possui linhas de montagem contratadas da Foxconn aqui no Brasil, mas o custo é bem mais alto do que o chinês.Linha de montagem da Seagate.
Outros polos industriais teriam que ser explorados, o que aumentaria a disputa em todo o mundo. E quem sempre leva vantagem nesse caso são as montadoras, que fazem “leilões” entre diferentes nações para ver em que país teriam mais vantagens — impostos mais baixos, mão de obra facilitada e outros fatores. Sem a China, quem seria o grande “vencedor”?
Menos opções no mercado
Se existem centenas de smartphones e tablets no mercado, um dos grandes motivos é a capacidade de produção das fábricas chinesas. Não havendo essa disponibilidade, certamente teríamos uma redução no volume de produtos fabricados. Logo, as empresas teriam que limitar as linhas de montagem aos aparelhos com melhor saída — que geralmente são os tops de linha.(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Nenhum comentário:
Postar um comentário