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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Barbosa diz que está lisonjeado com pesquisas



 
Presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, fala com a imprensa
Foto: Givaldo Barbosa / Agência O Globo

 O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, afirmou nesta segunda que está "lisonjeado" com o fato de ter obtido 15% das intenções de voto na última pesquisa do instituto Datafolha para a eleição presidencial de 2014. "Estou lisonjeado", disse.
Em entrevista concedida na semana passada, Barbosa defendeu a possibilidade de pessoas não filiadas a partidos se candidatarem. No entanto, ele afirmou que não pretende disputar as eleições, apesar dos resultados favoráveis nas recentes pesquisas de intenção de voto.
Joaquim Barbosa ganhou notoriedade após relatar o processo do mensalão, que resultou na condenação de 25 acusados de envolvimento no esquema de corrupção durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na última pesquisa Datafolha, ele aparece com 15% das intenções de voto, empatado com o tucano Aécio Neves e atrás de Marina Silva e da presidente Dilma Rousseff.
Pelas regras em vigor no País, uma pessoa somente pode se candidatar a cargo eletivo se for filiada a um partido. Essa filiação deve ocorrer em até um ano antes da eleição. Mas no caso dos juízes há uma regra especial. Eles devem deixar a Magistratura e aderir a uma legenda com antecedência de seis meses à eleição.
 
Joaquim Barbosa dá palestra no Instituto de Educação Superior (IESB), em Brasília
Foto: André Coelho / O Globo
O Supremo Tribunal Federal (STF) deverá demorar pelo menos um mês para julgar os recursos dos 25 condenados por envolvimento no esquema de corrupção do mensalão. A estimativa é feita por integrantes da Corte com base no julgamento do processo, que consumiu o segundo semestre de 2012, e na extensão dos recursos movidos pelos réus considerados culpados.
Relatado pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa, o caso poderá voltar a ser debatido em agosto, quando o tribunal retornará às atividades plenárias após o recesso de julho. Não é garantido que os réus com condenação confirmada comecem a cumprir as respectivas penas após o julgamento dos recursos. A expectativa é de que eles protocolem mais recursos, o que poderá adiar o término da ação para 2014.
Um exemplo da demora para início de cumprimento de pena ocorreu na semana passada. Na quarta-feira, 26, o STF decretou o fim do processo no qual foi condenado há quase três anos o deputado federal Natan Donadon. Com a manutenção da condenação, Donadon foi para a prisão.
O Supremo teve sua última sessão plenária do semestre nesta segunda. Mas, por falta de quórum, o tribunal não pôde julgar nenhum processo. Apenas 5 dos 11 ministros da Corte apareceram de manhã para votar os seis processos que estavam na pauta, dentre os quais, ações sobre reforma agrária. Nenhuma ação pôde ser analisada porque, para iniciar julgamentos, são necessárias as presenças de pelo menos seis ministros.

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