A Polícia Federal instaurou inquérito para investigar se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve participação no caso do mensalão, de acordo com acusações feitas pelo empresário Marcos Valério em setembro do ano passado. O procedimento formaliza o pedido de apuração feito pela Procuradoria da República no Distrito Federal, na semana passada.
Segundo a assessoria da PF, o caso ficará sob responsabilidade da Delegacia
de Combate a Crimes Financeiros e tem prazo de 30 dias para analisar as
informações. É o primeiro inquérito aberto formalmente para investigar o
conteúdo do depoimento de Valério, condenado a mais de 40 anos de prisão por
operar o mensalão. O ex-presidente evitou comentar o assunto.
À Procuradoria-Geral da República, o empresário afirmou que Lula sabia do
esquema e teve despesas pessoais pagas com dinheiro do esquema, conforme o
Estado revelou em dezembro. De acordo com o empresário, o ex-presidente teria
negociado, no início de seu mandato, repasses ilegais para o PT com Miguel
Horta, então presidente da Portugal Telecom.
Ministério Público faz protesto
contra PEC da Impunidade
Integrantes
do Ministério Público estadual e do Ministério Público Federal em São Paulo
participam hoje de um protesto contra a Proposta de Emenda Constitucional 37- a
PEC da Impunidade - que retira poder de investigação de promotores e
procuradores. Os manifestantes se reunirão às 10h na Escola Superior do
Ministério Público, na região central da capital paulista.
Durante o
evento, promotores, procuradores e representantes de organizações civis
assinarão um manifesto contra a proposta. O grupo também posará para uma
fotografia demonstrando repúdio ao projeto. O material será enviado para todos
os 513 deputados da Câmara, em Brasília.
Manifestações
semelhantes foram realizadas em outros Estados durante a semana. Associações de
promotores e procuradores organizaram um abaixo-assinado eletrônico para
pressionar o Congresso a rejeitar o projeto. Até a noite de ontem, haviam
conseguido 126 mil assinaturas. /B.B.
Procurador Geral da Republica, Gurgel pede ao STF abertura de inquérito para apurar denúncias contra Feliciano
Brasília - O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminhou hoje (12) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de abertura de inquérito para apurar denúncias envolvendo o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP). Ele é acusado de difamar parlamentares e de manter assessores em seu gabinete que não exercem atividade legislativa. O pedido foi distribuído para o ministro Celso de Mello.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) deu encaminhamento à representação dos deputados federais Jean Wyllys (PSOL-RJ), Érica Kokay (PT-DF) e Domingos Francisco Dutra (PT-MA). Eles alegam que o pastor promoveu uma campanha de difamação contra eles, contando com o apoio de uma agência formada por pastores. Denunciam, ainda, a contratação irregular de religiosos como servidores da Câmara dos Deputados.
De acordo com Gurgel, informações preliminares dão conta de que religiosos da Catedral do Avivamento - igreja presidida por Marco Feliciano - nas cidades paulistas de Franca, Ribeirão Preto, São Joaquim da Barra e Orlândia recebem como servidores da Câmara sem dar expediente. Eles não foram encontrados nem em Brasília nem em Orlândia, reduto eleitoral do político.
Gurgel pede uma série de diligências ao STF, como a oitiva dos pastores envolvidos - Rafael Octávio, Joelson Tenório, André Luis de Oliveira, Roseli Octávio e Wellington de Oliveira - e do próprio Marco Feliciano, a apuração da situação deles na Câmara dos Deputados, a degravação de mídias pela Polícia Federal e a identificação e oitiva dos representantes da produtora Wap TV Comunicações.
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